segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Física


O nascer da ciência moderna e a Revolução Industrial estão intimamente relacionados. No início da Revolução é difícil identificar na indústria marcas do esforço científico da época, mas certamente que existia uma proximidade nas mentalidades: a cuidadosa observação e a escrupulosa generalização eram comuns aos experimentalistas e aos industriais do século XVIII. A Revolução Industrial prosseguiu sem que existisse um forte apoio da ciência, embora a sua influência potencial tenha sido notável.
O que a ciência do século XVIII tinha para oferecer não era mais do que a esperança de que a observação atenta e a experimentação pudessem melhorar significativamente a produção industrial: máquinas a vapor, vidros, têxteis. Só na segunda metade do século XIX a ciência pode dar uma ajuda preciosa ao desenvolvimento tecnológico: Edison->energia elétrica (motores e dínamos); Diesel-> motores de combustão interna. De uma forma geral, até aquele período a ciência foi mais beneficiada pela Revolução Industrial que o inverso: máquina a vapor -> termodinâmica.
A termodinâmica estuda as relações entre calor e trabalho. Baseia-se em dois princípios: o da conservação de energia e o de entropia. Estes princípios são à base de máquinas a vapor, turbinas, motores de combustão interna, motores a jato e máquinas frigoríficas.
A partir de uma máquina concebida para retirar a água que inundava as minas de carvão, o inglês Thomas Newcomen cria em 1698, no contexto da Revolução Industrial, a máquina a vapor, mais tarde aperfeiçoada pelo escocês James Watt. É em torno do desempenho dessas máquinas que o engenheiro francês Sadi Carnot estabelece uma das mais importantes sistematizações da termodinâmica, delimitando a transformação de energia térmica (calor) em energia mecânica (trabalho).
Primeiro princípio - É o da conservação da energia. Diz que a soma das trocas de energia em um sistema isolado é nula. Se, por exemplo, uma bateria é usada para aquecer água, a energia da bateria é convertida em calor, mas a energia total do sistema, antes e depois de o processo começar, é a mesma.
Segundo princípio - Em qualquer transformação que se produza em um sistema isolado, a entropia do sistema aumenta ou permanece constante. Não há, portanto qualquer sistema térmico perfeito no qual todo o calor é transformado em trabalho. Existe sempre uma determinada perda de energia.
Assim, é possível notar a grande influência da Revolução Industrial na ciência Física e da ciência na Revolução.

Nenhum comentário: